Arquivo de março, 2012

Não resisti, e aqui vai mais um “trilhas de todos os tempos”. É que acabei de ver o filme mais louco do cinema recente, e SIMPLESMENTE, não consigo tirar ele da cabeça.

Já diria o Gordo “não sei se o filme é bom, ou se o filme é uma merda”.

É mais ou menos assim. Um sujeito desgraçado sem nome, entitulado apenas The Driver, anda de carro pelas ruas de L.A. Ele faz bicos de dublê em Hollywood, de mecânico e também de motorista para mafiosos.

Não fala NADA, até a metade do filme. Até então, é pacífico, mora em um apartamento derrubado, e fica andando de carro pra lá e pra cá. Se apaixona pela vizinha e até começa a gostar do filhinho dela. “What do you do?” “I drive”.

O cara não tem amigos, apenas o chefe dele, que o chama de Kid, que inclusive consegue uma chance pra ele virar piloto da Nascar. Daí o marido da mulher que ele gosta sai da prisão. Ele aceita ajudar o pilantra, e o pilantra é assassinado. Segue daí que o cara resolve largar tudo e aquele homem pacífico vira a maior máquina de pancadaria da história do cinema.

Sai andando de carro e dando a maior coça na cabeça de todos os mafiosos miseráveis que encontra pela frente. E então vai embora andando pelas ruas, com seu Chevrolet.

A trilha é monumental.

Ainda não sei se o filme é uma merda, ou se é bom. É diferente, com certeza. Mas senti uma vontade danada de me levantar, no fim do filme, e sair dirigindo, imbuído daquela sensação louca que um homem sente quando está indo em linha reta em direção ao horizonte. Ao som dessa música.

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Eduardo Pastore

Faz tempo que não aparece um “trilhas de todos os tempos”. A ideia original era fazer uma espécie de POST recorrente com o mesmo nome no título, para colocar trilhas especiais. Bom, a frequência não anda lá essas coisas. Nada melhor, então, para quebrar o jejum, que um velho Clint.

Estava enrolando para ver um filme, que se chama “Além da Vida”, na tradução em português. Calhou que a HBO liberou o acesso neste domingo de noite. Desconfio que seja para a gente perceber a diferença entre a HBO e o Telecine, e ficar meio triste com isso.

Bom, já havia lido toneladas de críticas positivas sobre o filme, bastante por conta da cena realística do começo, um tsunami invadindo a cidade, em que uma das personagens terá uma experiência pós-vida. De fato, só essa cena já impressiona.

De resto, o velho cowboy conseguiu. DE NOVO. É um filme que mexe com a cabeça, para nos deixar pensando e pensando. Entrelaçou três histórias desconexas para falar sobre a morte, cada personagem com uma ligação diferente com o tema. Claro que no final esses três dão um jeito de se encontrar, mas não quero falar sobre isso.

Clint Eastwood é um desgraçado de um cara bom. Não tem pressa para fazer cortes nas cenas, não precisa de vídeo clipe. Monta aos poucos uma espécie de sentimento, para em seguida arrebatá-lo da platéia.  Nada é de graça no filme. Utiliza uma trilha incidental, transparente. E é a música que descortina o sentimento que ele nos quer apresentar, com a delicadeza de um gênio.

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Eduardo Pastore

The Dubliners

Publicado: março 19, 2012 em Contingência

Aê Pastore,

já que o tema é viagem, queria compartilhar um achado! Gosto muito de uma banda de punk céltico chamada Flogging Molly, e depois de ouvir uma música na trilha sonora de um filme, resolvi conhecer um pouco mais da música irlandesa. Foi quando encontrei o “The Dubliners”, banda da década de 60 ainda na ativa, e essa música aqui, pura representante do bom humor da música folk,  virou a minha favorita do CD “The best of:”:

Abração,

Ian Schechtman

El Cuarteto de Nos

Publicado: março 9, 2012 em Contingência

Por Marina Arruda
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Olha que clipe bom para o seu blog, Vaca!

 

Pesquisa espontânea de elevador

Publicado: março 5, 2012 em Contingência

Mania antiga, fazer pesquisa espontânea durante as viagens. Músicas que tocam em restaurantes, lojas, elevadores. Acho bom, peço um guardanapo, anoto o nome. Já descobri coisas como Los Cafres e Catupeco Machu. Afora algumas maravilhas em Belém do Pará.

Essa aqui ouvi na FM do carro.

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EP